9 livros com menos de 200 páginas para retomar o hábito de ler

Voltar a ler pode parecer uma missão quase impossível em meio à correria do dia a dia, excesso de telas e cansaço mental. A boa notícia? Não é preciso começar por um calhamaço de 600 páginas ou um clássico de leitura densa. Às vezes, tudo que a gente precisa é de uma obra curta, bem escrita e cativante — daquelas que você termina em uma tarde, mas fica pensando por dias.

Esse artigo é um convite ao reencontro com o hábito da leitura. E, para tornar tudo mais fácil, selecionamos 9 livros com menos de 200 páginas que são verdadeiras pérolas literárias. São obras que cabem no bolso, na mochila e, principalmente, no seu tempo.

Se você quer retomar o prazer de virar páginas sem pressão, embarque com a gente nessa lista!

1. “A hora da estrela” — Clarice Lispector (87 páginas)

Impossível falar de livros curtos e impactantes sem mencionar Clarice. “A hora da estrela” é um soco literário em forma de prosa. A história da nordestina Macabéa, contada com brutalidade poética, toca fundo e faz pensar sobre invisibilidade, pobreza e a essência do ser. Um clássico brasileiro que se lê em poucas horas, mas reverbera por muito tempo.

2. “O velho e o mar” — Ernest Hemingway (127 páginas)

Uma verdadeira aula de estilo minimalista. Hemingway constrói uma epopeia íntima entre um velho pescador cubano e o mar. Uma luta simbólica, intensa e carregada de significados sobre a dignidade humana. Ganhou o Pulitzer e contribuiu para o Nobel do autor. Para quem quer uma leitura curta e profunda, é um prato cheio.

3. “A metamorfose” — Franz Kafka (88 páginas)

Gregor Samsa acorda um dia transformado em um inseto monstruoso. Essa premissa surreal é o ponto de partida para uma das obras mais influentes da literatura moderna. Leve no número de páginas, pesado na carga existencial. Uma leitura que intriga e instiga até hoje.

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4. “Tudo é rio” — Carla Madeira (174 páginas)

Um dos romances brasileiros mais comentados dos últimos tempos. “Tudo é rio” fala sobre amor, culpa, desejo e perdão com uma escrita ágil e quase poética. Os personagens são intensos e humanos, e a história prende desde a primeira linha. Um best-seller nacional com fôlego de maratona literária — curta e avassaladora.

5. “A revolução dos bichos” — George Orwell (152 páginas)

Um clássico satírico e assustadoramente atual. Orwell cria uma fábula política protagonizada por animais para discutir poder, manipulação e totalitarismo. A escrita é simples, a mensagem é poderosa. Ótimo para quem quer pensar sobre política e sociedade sem precisar de muitas páginas.

6. “O alienista” — Machado de Assis (89 páginas)

Machado em sua forma mais irônica e genial. Neste conto longo (ou novela), acompanhamos a história do Dr. Simão Bacamarte e seu desejo de classificar a loucura em Itaguaí. Crítica social afiada, humor fino e um retrato mordaz do Brasil do século XIX que segue atualíssimo.

7. “Carta a D.” — André Gorz (86 páginas)

Um dos livros mais delicados e emocionantes que se pode ler em uma única sentada. Gorz escreve uma longa carta de amor à esposa, Dorine, com quem viveu por mais de 50 anos. É sobre envelhecer junto, construir uma vida e manter-se apaixonado. Um manifesto de amor que toca fundo.

8. “O pequeno príncipe” — Antoine de Saint-Exupéry (96 páginas)

Sim, ele está aqui. Porque todo adulto precisa reler “O pequeno príncipe” de tempos em tempos. Não se engane pela simplicidade do texto — é uma obra filosófica travestida de conto infantil. Leve, linda e eterna.

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9. “Começa aqui o inferno” — Luiz Ruffato (148 páginas)

Ruffato é um dos grandes nomes da literatura brasileira contemporânea, e neste livro, ele entrega uma narrativa densa em forma e sensível no conteúdo. Uma história sobre perdas, luto e reinvenção da vida. A escrita é enxuta, mas cheia de camadas. Ideal para quem quer um desafio emocional sem se afogar em páginas.

Por que livros curtos funcionam para quem está recomeçando a ler?

Livros com menos de 200 páginas têm algumas vantagens que os tornam ideais para quem quer reacender a chama da leitura:

  • Oferecem uma vitória rápida: Você sente que concluiu algo — e isso gera motivação.
  • A narrativa é mais enxuta: Menos enrolação, mais ação. Ideal para quem anda sem paciência.
  • São portáteis e práticos: Cabem na bolsa, na rotina e até na pausa do café.
  • Ajudam a redescobrir o prazer de ler: Quando bem escritos, criam impacto com menos palavras.

Dicas para manter o hábito de leitura com livros curtos

  1. Crie rituais curtos de leitura diária — 15 minutos por dia já fazem diferença.
  2. Use marcadores visuais de progresso — ver o quanto falta pode ser motivador.
  3. Evite distrações — celular no modo avião ajuda muito.
  4. Tenha sempre um livro na mochila ou no celular — versão física ou digital, tanto faz.
  5. Leia o que te agrada, não o que “deveria” ler — prazer é mais importante que obrigação.

O recomeço pode ser simples, leve e poderoso

Se você estava esperando o “momento certo” para voltar a ler, ele chegou — e tem menos de 200 páginas. Retomar a leitura não precisa ser um projeto hercúleo. Pode ser um livro pequeno, uma história que te pega de jeito, um personagem que te lembra de algo que você já sentiu.

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Esses títulos são mais que sugestões: são portas de entrada para uma nova fase de leitura. Escolha um, comece hoje, e redescubra o prazer silencioso e transformador que só a literatura oferece.