Alguns dias no calendário carregam uma aura diferente. A Sexta-Feira 13 é, sem dúvida, um deles. Mais do que apenas uma superstição, essa data atravessa séculos de crenças, tragédias e símbolos que despertam medo, curiosidade e até fascínio. Mas de onde vem essa fama de “dia do azar”? A resposta está espalhada entre mitos antigos, episódios históricos e a forma como a cultura pop transformou a data em ícone do terror moderno. A seguir, reunimos cinco fatos que ajudam a entender por que essa combinação entre dia da semana e número continua inquietando mentes ao redor do mundo.
1. O número 13 sempre foi visto com desconfiança
Antes mesmo de existir a lenda da Sexta-Feira 13, o número 13 já era considerado “problemático” por várias civilizações. Isso porque ele rompe o padrão de completude atribuído ao número 12, tão presente nas estruturas simbólicas da humanidade: 12 meses do ano, 12 signos do zodíaco, 12 apóstolos, 12 horas no relógio. O 13 é o “fora do padrão”, o que desequilibra. Acredita-se que, em jantares, ter 13 pessoas à mesa é sinal de mau presságio — e isso se conecta à Última Ceia, onde Judas Iscariotes teria sido o 13º convidado.
2. A associação com a sexta-feira tem raízes religiosas
No imaginário cristão, a sexta-feira é carregada de peso simbólico. Foi nesse dia que, segundo a tradição, Jesus foi crucificado. Além disso, algumas crenças populares apontam que Eva teria oferecido a maçã a Adão numa sexta-feira, e que Caim matou Abel também nesse dia. Quando se somam duas simbologias negativas — o 13 e a sexta-feira —, temos um dia naturalmente revestido de mistério e temor.
3. A queda dos templários aconteceu em uma sexta-feira 13
Um dos episódios históricos mais citados para explicar o estigma da data ocorreu em 13 de outubro de 1307. Nessa sexta-feira, o rei Filipe IV da França ordenou a prisão em massa dos Cavaleiros Templários, uma poderosa ordem religiosa e militar. Muitos foram torturados e executados, marcando um evento sangrento e repleto de teorias conspiratórias. Esse episódio deu ainda mais força à fama sombria da Sexta-Feira 13, ligando-a a traição, injustiça e violência.
4. O medo da data tem até nome científico
Você sabia que existe um termo específico para o medo irracional da Sexta-Feira 13? É a paraskevidekatriafobia. Parece trava-língua, mas é um distúrbio real, com sintomas como ansiedade, angústia e até ataques de pânico em pessoas supersticiosas. Estimativas apontam que a economia mundial perde milhões em produtividade nesse dia, já que muitos evitam viajar, fazer negócios ou sair de casa.
5. A cultura pop transformou o medo em entretenimento
O filme Friday the 13th, lançado em 1980, eternizou a imagem da Sexta-Feira 13 como um dia de terror. O personagem Jason Voorhees, com sua máscara de hóquei e sede de vingança, virou um ícone cultural e reforçou o imaginário de que algo ruim sempre pode acontecer nessa data. Desde então, o dia virou tema para jogos, livros, memes e maratonas de filmes, consolidando seu lugar no calendário do medo.
A Sexta-Feira 13 não é apenas uma superstição: é um reflexo das crenças humanas, das histórias que escolhemos contar e do medo do desconhecido que, vez ou outra, insiste em se manifestar. Seja por tradição, por trauma histórico ou por influência da cultura pop, o fato é que essa data continua despertando emoções — da superstição à diversão, do medo à curiosidade. E talvez isso explique por que, mesmo em tempos racionais, ainda olhamos para o calendário e pensamos duas vezes antes de marcar algo para a próxima sexta-feira 13.
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