3 Curiosidades fascinantes sobre o mar

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O mar sempre foi fonte de fascínio para a humanidade. É imenso, poderoso e, em muitos aspectos, ainda desconhecido. Navegadores antigos o temiam. Poetas o veneravam. Cientistas modernos continuam mergulhando — literalmente — em seus mistérios. Com uma superfície que cobre mais de 70% do planeta Terra, os oceanos escondem fenômenos, criaturas e dinâmicas tão impressionantes que parecem extrapolar os limites da realidade.
Mas, entre o som das ondas e o brilho da espuma, há verdades escondidas que raramente chegam ao conhecimento geral. O mar não é apenas belo — ele é surpreendente em seu funcionamento, influência e capacidade de adaptação.
Neste artigo, você vai conhecer três curiosidades fascinantes sobre o mar que revelam o quanto ainda temos a aprender sobre esse universo azul profundo. Prepare-se para mudar sua forma de olhar para a imensidão oceânica — e talvez sentir ainda mais respeito por ela.

1. Há Mais Mapas Da Lua Do Que Do Fundo Do Mar

Essa afirmação pode parecer absurda à primeira vista, mas é verdadeira. Enquanto temos imagens detalhadas da superfície da Lua — graças a satélites e missões espaciais —, apenas cerca de 25% do fundo dos oceanos foi mapeado com alta resolução.
A dificuldade está na própria natureza dos mares: a pressão aumenta drasticamente com a profundidade, a luz não penetra além de 200 metros e, em muitas regiões, o relevo submerso é acidentado e instável.
Isso significa que há cordilheiras, fossas, vulcões submarinos e até cadeias montanhosas inteiras sob os oceanos que conhecemos apenas superficialmente, ou nem sequer sabemos que existem. Estima-se que a maior cadeia de montanhas do planeta esteja submersa: a Dorsal Mesoatlântica, com mais de 65 mil quilômetros de extensão.
O esforço para mapear os oceanos ganhou impulso com o projeto global Seabed 2030, que visa cartografar todo o leito oceânico até o fim da década. Uma missão ambiciosa, mas fundamental para a ciência, a navegação e o entendimento climático.

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2. Há Rios E Cachoeiras Submarinas — E São Gigantescos

Sim, é possível haver rios dentro do mar. Isso acontece por conta de diferenças de salinidade e densidade entre massas de água. Quando a água subterrânea doce encontra o oceano mais salgado, ela pode se manter como uma “corrente separada”, criando o que os cientistas chamam de rios submarinos.
O mais famoso deles é o chamado “Cenote Angelita”, no México, onde uma camada de sulfeto de hidrogênio denso forma uma espécie de rio submerso a dezenas de metros de profundidade — um fenômeno visualmente impressionante.
Mas não para por aí. Existe, no fundo do oceano Atlântico, a maior cachoeira do planeta. Ela se localiza no estreito da Dinamarca, entre a Groenlândia e a Islândia. Ali, correntes frias e densas do mar Ártico mergulham sob águas mais quentes do Atlântico, criando uma queda d’água invisível de mais de 3.500 metros de profundidade — o triplo da altura das Cataratas do Iguaçu.
Esses fenômenos mostram que os mares têm suas próprias “paisagens internas”, com dinâmicas que rivalizam com o que vemos na superfície terrestre.

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3. O Mar Produz A Maior Parte Do Oxigênio Do Planeta — E Não As Florestas

A Amazônia é muitas vezes chamada de “pulmão do mundo”, mas, na verdade, quem cumpre esse papel de maneira mais abrangente é o oceano. Fitoplânctons — organismos microscópicos que flutuam nas águas superficiais — realizam fotossíntese em larga escala, gerando grande parte do oxigênio que respiramos.
Estima-se que entre 50% e 80% do oxigênio terrestre seja produzido por essas criaturas invisíveis aos olhos humanos. Elas vivem nas zonas iluminadas dos mares e dependem diretamente da luz solar, dos nutrientes da água e das condições climáticas.
Isso significa que a saúde dos oceanos está diretamente ligada ao nosso ar. Quando o mar sofre com aquecimento global, poluição e acidificação, o fitoplâncton também é afetado — o que pode comprometer o equilíbrio atmosférico.
Portanto, proteger os oceanos não é apenas salvar baleias ou corais: é preservar o próprio ato de respirar. É entender que a vida na Terra depende, em níveis profundos e silenciosos, daquilo que se move sob as ondas.

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O mar não é apenas um cenário bonito ou um destino turístico. Ele é, literalmente, a espinha dorsal da vida no planeta. É nele que pulsa o oxigênio que respiramos, que correm os maiores rios invisíveis, que existem quedas d’água tão monumentais quanto desconhecidas e que se escondem montanhas colossais que ainda não tocamos com precisão.
Conhecer essas curiosidades é mais do que alimentar a mente com fatos impressionantes — é um convite à reverência. À compreensão de que o mar, mesmo diante de nossa tecnologia, ainda guarda mistérios que escapam à lógica e pedem mais humildade científica e humana.
Quando contemplamos a imensidão azul do oceano, não estamos apenas olhando para um horizonte: estamos diante de uma história viva, dinâmica e essencial. E quanto mais aprendemos sobre ele, mais nos damos conta de que a superfície é apenas o começo.

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