117 anos sem Machado de Assis: 17 frases imortais do maior escritor brasileiro

117 anos sem Machado de Assis: 17 frases imortais do maior escritor brasileiro

Machado de Assis não foi apenas um escritor, mas um intérprete agudo da alma humana. Nascido em 1839, no Rio de Janeiro, de origem humilde e mestiço, ele superou as adversidades da época e se tornou o maior nome da literatura brasileira. Ao morrer em 29 de setembro de 1908, há 117 anos, deixava um legado que continua a ecoar até os dias atuais.

Fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, Machado criou personagens e enredos que ainda hoje parecem falar diretamente ao leitor contemporâneo. Basta abrir páginas de Memórias Póstumas de Brás Cubas, Dom Casmurro ou Quincas Borba para perceber a atualidade de seus temas: ciúme, vaidade, hipocrisia, poder, desigualdade social.

O que mais impressiona, no entanto, não são apenas as histórias que narrou, mas as frases que cunhou. Machado possuía uma habilidade rara de condensar reflexões profundas em sentenças curtas, carregadas de ironia ou lirismo. Esses fragmentos resistiram ao tempo e se tornaram verdadeiras máximas literárias.

117 anos sem Machado de Assis: 17 frases imortais do maior escritor brasileiro

17 frases inesquecíveis de Machado de Assis

  1. “Ao vencedor, as batatas.” – (Quincas Borba)
    Uma das mais célebres frases do escritor, que ironiza a lógica da sobrevivência e da disputa na sociedade.
  2. “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.” – (Memórias Póstumas de Brás Cubas)
    Uma despedida ácida e inesquecível de seu protagonista, que resume a filosofia pessimista de parte de sua obra.
  3. “A vida sem luta é um mar morto no centro do organismo universal.” – (A Semana)
    Reflexão sobre a importância do conflito e do movimento como motores da existência.
  4. “A melhor definição do amor não vale um beijo de moça namorada.” – (Memórias Póstumas de Brás Cubas)
    Aqui, Machado lembra que o sentimento humano não cabe em teorias, mas na experiência vivida.
  5. “A vida é cheia de obrigações que a gente cumpre, porque, se não cumprir, sofre.” – (Dom Casmurro)
    Uma sentença que traduz o peso social das convenções.
  6. “A mentira é muita vez tão involuntária como a transpiração.” – (Esaú e Jacó)
    Machado aponta a naturalidade com que o ser humano manipula a verdade.
  7. “O olhar de Capitu, de ressaca, me ficou na memória.” – (Dom Casmurro)
    A descrição mais famosa da literatura brasileira, que até hoje alimenta debates sobre a fidelidade da personagem.
  8. “A vida é cheia de obrigações que nos tiram a liberdade, e a liberdade é a única coisa que vale a pena.” – (A Semana)
    Uma crítica profunda às amarras sociais e à busca humana por autonomia.
  9. “O coração tem dessas leis: dá-se por inteiro ou não se dá.” – (Helena)
    Uma frase que ressoa como verdade universal sobre a entrega afetiva.
  10. “A vida é um sopro. O que hoje parece eterno, amanhã pode não mais existir.” – (Crônicas)
    Sentença curta que ecoa como filosofia de vida.
  11. “Não há nada mais difícil de suportar do que a própria felicidade.” – (Quincas Borba)
    Machado revela sua visão paradoxal sobre o desejo humano.
  12. “O tempo é um rato roedor das coisas, que as diminui ou as transforma.” – (Memórias Póstumas de Brás Cubas)
    Uma imagem poderosa para refletir sobre o desgaste inevitável do tempo.
  13. “Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar.” – (Dom Casmurro)
    Uma defesa da pluralidade dos sentimentos e da autenticidade das relações.
  14. “A morte é um ponto de interrogação.” – (Memórias Póstumas de Brás Cubas)
    Machado sintetiza a incerteza existencial que acompanha toda a humanidade.
  15. “A vida é uma ópera bufa com alguns intervalos sérios.” – (Memórias Póstumas de Brás Cubas)
    A metáfora perfeita para explicar sua visão irônica e cética da vida.
  16. “A consciência é o melhor livro de moral que temos.” – (Crônicas)
    Uma reflexão ética que atravessa gerações.
  17. “A vida humana vale pelo que sonha.” – (Crônicas)
    Frase que exalta o poder do sonho como essência da existência.

Conclusão

Passados 117 anos de sua morte, Machado de Assis continua vivo nas páginas que escreveu e nas frases que imortalizou. Sua obra é testemunho da genialidade de alguém que soube olhar para o ser humano em toda a sua complexidade, revelando suas grandezas e suas fraquezas.

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